segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Semi-Crônica do Tempo




É espantoso como as coisas da vida parecem melhores quando vão embora. Não se sabe se por que quando vivemos o presente, estamos tão ocupados sonhando com o futuro e lembrando nostalgicamente do passado, que acabamos por esquecer-se de viver com intensidade o dia de hoje. Ou se na verdade por que o presente nunca nos permite realmente enxergar o seu quinhão afável.
Pensando bem, creio que não se trate inteiramente nem de um nem de outro, e sim de alguma engenhosa equação matemática baseada nos dois fatores, mas que sempre tem a mesma resultante: um espaço em branco na vivencia do presente, que só pode ser visto quando esse presente metamorfoseia-se em passado.
Como uma borboleta que um dia foi lagarta.
Como o pó que um dia foi borboleta.
E nisso o tempo passa e a vida nos derrota.
Como diria o poeta: “Que a terra nos seja leve”.


Eric Vitoriano

quarta-feira, 8 de julho de 2009

!Choldra



Antes sozinho ser você, que na multidão ser só mais um que não é…

Eric Vitoriano

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Amém Poeta


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Tão doce quanto a vida
Tão sábio quanto a bíblia
Tão teimoso quanto um asno
Tão sensível quanto uma borboleta
Tão incisivo quanto o rock
Tão contraditório quanto o tempo...

Tão doce quanto o tempo
Tão sábio quanto um asno
Tão teimoso quanto a vida
Tão sensível quanto o rock
Tão incisivo quanto uma borboleta
Tão contraditório quanto a bíblia...

Tão doce quanto o rock
Tão sábio quanto o tempo
Tão teimoso quanto uma borboleta
Tão sensível quanto um asno
Tão incisivo quanto a bíblia
Tão contraditório quanto a vida...

Eric Vitoriano

terça-feira, 30 de junho de 2009

Soneto à Dom Quixote de La Mancha



I
Em um coração: encantamento
Em uma ilusão: vitórias e amores
Crer derrubar gigantes opressores
Mesmo que fossem moinhos de vento
II
Explode assim um novo pensamento
De loucura que é dos grandes sonhadores
Que é loucura necessária aos vencedores
Que na ruína veem contentamento
III
E em tantas batalhas já vividas
Com ou sem um sentido (de loucura)
Vê-se a chave de vitória plena:
IV
Nunca baixar a cabeça na clausura
E saber que lutar só vale a pena:
Se for por amor as causas perdidas!

Eric Vitoriano

sábado, 27 de junho de 2009

Existential Crisis



É a violência do destino, se é que não há opções... Não me candidato à forca. Nem sou tão oco de interromper a vida por detalhes. A realidade só é, e nós só somos. É simples. É exaustivo. Corre ou morre. Come ou some. Ou melhor, se tudo é genérico hoje em dia, que mal há em meus pensamentos? Eles não são meus? O que vejo é uma brecha. O que vivo é da janela.
E pela rua eu não vago, pois são pobres os meus sapatos...

Por Vitoriano de Sousa

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Traumas



O peso das escolhas.

Legião, derby, café.

Não se configura como luto.Não se assemelha a depressão pós-parto. É como mascar o fungo da maçã, e estourar cravos enraizados. É um convênio entre liberdade, éter, e rancor em calda. É impossível seda, cereja, ou priprioca. Se acostuma com cáries, cutículas, estrias. E se não resiste “de volta a lagoa azul”, periga se afogar.


por Vitoriano de Sousa